segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Teste do feijão: 33 marcas foram analisadas

Teste do feijão: 33 marcas foram analisadas
Agora, vamos falar de comida! Feijão, todo brasileiro come, todo mundo gosta, não é mesmo? Mas como anda a qualidade desse feijão? Vamos fazer o teste enquanto nossa Dona Encrenca encara uma feijoada






"O feijão é um produto de grande consumo, que faz parte da cesta básica. Nós resolvemos, então, fazer uma pesquisa junto com outras entidades de defesa do consumidor de vários estados para ver o estado do feijão no Brasil inteiro", aponta marcos Pó, assessor técnico do Idec.


Trinta e três marcas de feijões do tipo comum e de corda foram detalhadamente analisadas no teste do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Confira:


As amostras vieram de nove cidades, das cinco regiões do Brasil. Apenas em quatro critérios, todas essas marcas foram aprovadas: umidade, presença de substâncias tóxicas produzidas por fungos, se ficaram cozidos no tempo certo e se, após o cozimento, permaneceram inteiros, com cor e cheiro bons.


Veja as marcas analisadas:


Pink (carioca)
Primavera (preto)
Tryumpho (carioca)
Turamã (carioca)
Oriente (de corda)
GL (preto)
Tio Beto (carioca)
Zaffari (preto)
Namorado (preto)
Caldo Bom (carioca)
Blue Ville (carioca)
Great Value (preto)
Combrasil (carioca)
Vô Cidi (carioca)
Nobre (carioca)
Zaeli (preto)
Bastida (de corda)
Bom Preço (de corda)
Turquesa (carioa)
Grão De Minas (carioca)
Padim (preto)
Peg Pag (carioca)
Tio Neco (carioca)
Kicaldo (carioca)
Camil (carioca)
Líder (carioca)
Extra (carioca)
Broto Legal (carioca)
Carrefour (preto)
Máximo (carioca)
Poupe Mais (preto)
Caldo Nobre (carioca)
Feijão da Casa (carioca)




Nos outros quesitos avaliados, como embalagem, classificação e análise microbiológica, vieram muitos problemas. O que mais reprovou foi a qualidade. Os feijões são classificados em cinco tipos: 1, 2 e 3. O tipo 1 é o mais puro e o 3, o menos puro. E há ainda o "fora de tipo" e o "desclassificado".


Ser considerado do tipo "desclassificado" significa que o feijão contém matérias estranhas: mofo, carunchos, insetos mortos ou vivos ou qualquer outro tipo de praga.


A análise feita pelo Idec revelou que seis marcas vendidas como tipo 1 eram na verdade tipo 2 ou 3, ou seja, não tão puros assim.


Nove marcas - Turamã, Oriente, Padim, Peg Pág, Tio Neco, Bom Preço, Bastida, Kicaldo e Líder – foram consideradas do tipo "desclassificado", e, portanto, não poderiam ser comercializadas.
Sete dessas marcas desclassificadas continham insetos vivos, entre elas, a mais cara de todas as marcas testadas: o feijão Bom Preço. E em uma delas, a Bastida, os testes identificaram presença de agrotóxicos.


"Agrotóxicos que nem são permitidos para a cultura, quer dizer, que trazem um risco de saúde ao consumidor", diz o assessor.


No total, 20 marcas foram reprovadas: mais da metade das 33 avaliadas.


Quinze delas tinham problemas na qualidade – defeitos, impurezas ou a presença inconveniente de insetos e até agrotóxicos.


Primavera
Turamã
Oriente
Tio Beto
Zaffari
Combrasil
Nobre
Bastida
Feijão da Casa
Bom Preço
Padim
Peg Pag
Tio Neco
Kicaldo
Líder




As outras cinco – Tryumpho, Turquesa, Grão de Minas, Blue Ville e Extra – foram reprovadas por apresentar informações incorretas na embalagem.


"A fiscalização desses produtos não está funcionando a contento. O consumidor está encontrando produtos no mercado que não deveriam estar lá", diz o técnico.


O Idec avisou todos os fabricantes sobre os resultados do teste. Mas apenas seis responderam.


O fabricante do feijão Padim reconheceu que pode ter havido falha e afirmou ter retirado todo o lote infestado por insetos do mercado.


As empresas responsáveis pelas marcas Primavera, Kicaldo e Feijão da Casa contestaram os resultados do teste.


A empresa responsável pelo feijão Extra afirmou que o feijão carioca tipo 1 da marca não é mais vendido. E a fabricante da marca Zaffari disse que seu feijão atende a um novo critério de classificação estabelecido em reunião recente de integrantes da cadeia produtiva. Mas o Idec afirma desconhecer a existência dessas novas normas.



reportagen  www.fantastico.globo.com/jornalismo/fant/0,,Mul1337767-15605,00.html
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1337767-15605,00.html


http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,15605-p-11%7C10%7C2009,00.html

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